Duel [K-Drama]

Demorei mas finalmente estou aqui para comentar um dos melhores doramas do ano. E para não variar, a produção em questão é mais uma vez da OCN, emissora que vem me conquistando e ganhando espaço na minha vida. Vamos lá comentar sobre um dos enredos mais incríveis deste 2017?!

Sinopse: Jang Deuk Cheon é um policial. Em casa, ele é um pai amável e amigável para sua filha. Ele encontra um clone humano e se envolve em um caso chocante. Uma batalha ocorre entre clones humanos.

Gênero: Policial, Ficção científica, Suspense, Thriller

Nº de Episódios: 16

Ano: 2017

Onde Encontrar: Kingdom Fansubs (download/online); DramaFever (online)

Como Duel entrou para minha lista de favoritos do ano, dividirei a resenha em tópicos, os motivos que fazem deste dorama imperdível para fãs de ficção científica e doramas com excelentes desdobramentos, altas reviravoltas e claro, muita ação. 

1) Enredo inteligente e imprevisível!

Duel foca na história do detetive Jang Deuk Cheon, o qual cria sozinho sua única filha Soo Yeon desde o falecimento de sua esposa. Soo Yeon mesmo doente, tenta ao máximo não preocupar seu pai e ser o mais independente possível dele, enquanto o Deuk Cheon empenha-se em fazer sua filha muito feliz, acatando os seus desejos de criança. Certo dia, Soo Yeon é sequestrada e a busca incessante por seu paradeiro começa, com o auxílio da promotora Choi, Deuk Cheon busca por sua filha. Durante a procura por sua filha, Deuk Cheon encontra um homem em um ônibus e este é acusado por ser o autor do sequestro da Soo Yeon, e ao perseguir o homem, Deuk Cheon percebe a presença de outro homem idêntico a este, seriam eles irmãos gêmeos? Ele perde de vista um dos homens e captura o outro, porém o capturado jura de pé junto não ter nada a ver com o sequestro e não possui memória alguma dos últimos anos, não sabe nem sequer quem é. O problema é que o único que viu os dois homens foi o detetive Deuk, e todas as digitais encontradas na cena correspondem ao capturado, o que descarta a hipótese de dois irmãos gêmeos presentes na cena, já que geneticamente é impossível gêmeos serem idênticos, por exemplo, no quesito digitais. Porém, Soo Yeon continua sumida e o desespero de seu pai só aumenta, então Deuk Cheon não vê outra saída a não ser aliar-se ao homem capturado para tentar descobrir onde sua filha está, o que acaba tornando-o um fugitivo da polícia. Em meio a tanto mistério, ação, surpresas e reviravoltas, o enredo de Duel se firma, e que roteiro, meu povo! O enredo deste dorama é sólido, interessante e faz o telespectador ficar completamente envolvido com os personagens e a trama, assim como Circle, assistir Duel é sinônimo de montar teorias e acabar errando-as constantemente ou não. O ritmo é excelente e faz você simplesmente morrer de curiosidade até o próximo episódio, pensando em como tudo aquilo poderá acabar. Além de que, a trama é bem amarrada e notoriamente bem construída, tão bem estruturada que eu simplesmente, a adicionei à lista das melhores que já tive a oportunidade de conferir. Sério, vocês precisam ver esse dorama! Quem curte doramas com doses de ficção científica, pitadas de ação e desdobramentos impactantes, os quais são imprevisíveis e que atiçam a curiosidade humana, deveria começar esse dorama HOJE!

2) OSCAR para: Yang Se Jong. Que atuação INCRÍVEL!!

Yang Se Jong interpreta dois personagens, extremamente distintos e sério, minha gente, ele parecia ser duas pessoas diferentes, o que claro, me deixou de queixo caído. Já havia conhecido o ator no MARAVILHOSO Romantic Doctor, Teacher Kim - vejam este dorama! - e desde lá, o achava muito lindinho e bom ator. Porém, entretanto, todavia, depois desse dorama percebi que Se Jong é mais do que aparentava ser, atuação é um talento dele, faz parte deste rapaz, e sério se vocês se derem a oportunidade de ver Duel, perceberão que estou completamente certa.

Pois bem, esse ator incrível interpreta dois personagens, o Sung Joon e o Sung Hoon, - na verdade, mais que dois...- com significativa importância para a trama, e em cada momento em cena, ele demonstrava como conhecia profundamente seus personagens, bem como as diferenças entre os mesmos, o que era notório para o telespectador.

O modo de falar, a fisionomia, o jeito de andar, um simples olhar, tudo mudava, Se Jong deixava bem claro para nós qual personagem estava interpretando, quer fosse o Sung Joon ou o Sung Hoon, o telespectador percebia porque a diferença era nítida demais. E isso me fez admirar ainda mais o personagem. Admito que preferia mais o Se Jong como Sung Hoon do que Sung Joon, afinal ver o ~oppa com cara de mau, todo de preto e com aquela cara charmosa, era de matar do coração...

Sung Joon é o personagem desmemoriado, ao acordar no ônibus é pego pelo Deuk Cheon e acusado de sequestro, apanha - aliás, essa criatura só fez apanhar nesse dorama, eu morria de pena dele, gente! - e é preso. Na delegacia conta de sua perda de memória, diz que não sabe onde a filha do policial está mas isso não é suficiente para a promotora Choi, pois para ela, ele é o culpado e não há espaço para dúvidas. Pois bem, enquanto Sung Joon tenta lembrar de algo que o livre da acusação, Deuk Cheon está cada vez mais desesperado, sua filha doente está nas mãos sabe-se lá de quem e com quais intenções, a preocupação é cada vez mais intensa e como último recurso decide fugir com o Sung Joon e buscar sua filha por si mesmo já que a polícia está demorando demais para encontrá-la.

A partir daí, Sung Joon aos poucos vai se aproximando do ahjussi, modo como chama o Deuk Cheon, e demonstrando que tipo de pessoa é. Provando que na verdade, não tem talento para o malvado da trama, em contrapartida, conquista as dorameiras, tipo eu. Sung Joon foi um personagem que por vezes demonstrava-se acuado, sua amnésia o fazia duvidar de si mesmo e do que fez no passado, porém aos poucos ele vai recobrando fragmentos e voltando a lembrar de quem era. Até que em determinado momento, descobre sobre si mesmo e prova quão bem construído seu personagem fora, um rapaz que lá no fundo tinha boa índole, e era muito cativante à seu modo.

Com uma personalidade totalmente oposta, Sung Hoon demonstrava ser frio, calculista e vingativo, pensando apenas em machucar outras pessoas, e seus objetivos demoraram a ficar claros. O fato é que Sung Hoon não brincava em serviço e sabia ser mau, em certas cenas parecia um maníaco, psicopata, um monstro sem coração, aquele personagem que ganha antipatia automática da plateia.

Porém, assim como vamos conhecendo profundamente o Sung Joon ao decorrer dos episódios, o mesmo acontece com o Sung Hoon, e com isso, o telespectador percebe que por mais que as ações dele não fossem justificáveis, no fim, ele era uma vítima. Um resultado de como dor e sofrimento podem levar uma pessoa a perder a humanidade, perder a noção e humanismo para com o próximo. Eu não odiei o Sung Hoon - pelo contrário, amei! ♥

Por que amei? Justamente porque Se Jong com cara de mau, agindo como Sung Hoon, era de me fazer suspirar loucamente... - em nenhum momento, senti raiva dele, confesso, muitas de suas ações foram terríveis, mas no final, ele se redimiu para mim, por provar que lá no fundo havia alguma decência em si. No final, percebi que Sung Hoon era uma vítima e ao invés de detestá-lo, senti pena dele, senti pena de sua história de vida, história que o tornara este ser tão horrível.

3) Jang Deuk Cheon (Jung Jae Young): Um pai desesperado por sua filha!

Deuk Cheon é um policial determinado e vive sozinho com sua única filha, a Soo Yeon, a qual está enfrentando uma séria doença. Mesmo com essa dificuldade, Deuk Cheon não se deixa desanimar e sempre estimula a filha, mantendo a esperança de que ela irá melhorar em breve. De repente, sua única filha é supostamente sequestrada, sem motivo aparente e em uma busca incessante sobre a paradeiro dela, Deuk encontra um suspeito. A partir daí, sua vida se entrelaça com a desse suspeito que está temporariamente sem memórias, e como ele não tem outra alternativa, recorre à sua última esperança decidindo unir forças com esse suspeito para encontrar a Soo Yeon. À medida que os episódios avançam o amor verdadeiro de um pai é retratado, a busca do Deuk Cheon pela Soo Yeon é desesperadora e em diversos momentos, fiquei angustiada junto com ele, afinal todo o esforço deste homem era admirável, tudo para poder encontrar a pessoa mais preciosa pra ele. Se tem um personagem que me marcou este ano, este é o Deuk Cheon que assim como o Jang Tae San em Two Weeks provou quão longe um pai pode ir em nome do amor por sua filha.

4) Promotora Choi Jo Hye (Kim Jung Eun): Não fui com a cara dela!

Choi é uma promotora reconhecida profissionalmente, competente e um tanto quanto arrogante. Ela fica encarregada do caso de sequestro da filha do Deuk Cheon e inicialmente, ao invés de analisar todas as alternativas possíveis para o crime, cisma com uma hipótese e fica cega por causa disto, o que obviamente me deixou muito irritada. Até que muuuito tempo depois, ela enfim percebe que as coisas estavam jogadas na cara dela todo o tempo, e aí sim começa a fazer o que deveria ter feito desde o início do dorama. Foi uma personagem que não me cativou, não apenas pelas ações desnecessárias em certos momentos, as quais eu não concordava, mas em grande parcela devido ao seu jeito nariz empinado, se achando A promotora. Enfim, meu santo não bateu com o dela e pronto.

5) Ryoo Mi Rae (Seo Eun Soo): Repórter mais que querida!

Mi Rae é uma repórter que acaba cruzando o caminho do detetive Deuk Cheon e do suspeito Sung Joon. A mocinha começa a ajudá-los em inúmeras situações, tornando-se um forte apoio, aquela personagem que "acolhe" os demais em momentos difíceis, e aos poucos ela também vai descobrindo mais sobre seu passado, bem como sua falecida mãe. Mi Rae foi uma personagem doce, simples, mas muito cativante, o que se tornou um diferencial levando em consideração que Duel por si só era repleto de personagens com personalidades complexas e que viviam ao extremo no quesito emoções, como a atmosfera do drama é um tanto quanto tensa, poder ver alguém mais "tranquilo" e doce no meio de tudo aquilo foi reconfortante. Não posso falar muito da Mi Rae a fim de evitar spoiler, só afirmo que vocês irã se encantar com essa personagem e se surpreender com os desdobramentos que ela traz. A atriz já me era conhecida desde Romantic Doctor, Teacher Kim, lá gostei muito de sua personagem e aqui não foi diferente, espero encontrá-la futuramente em outros doramas.

6) Jang Soo Yeon (Lee Na Yoon): Criança encantadora!

Soo Yeon é a filha do Deuk Cheon, uma garota bastante esperta e encantadoramente amorosa, sério gente, impossível não se encantar com esse serzinho doce. Mesmo quando sequestrada, a pequenina aqui demonstrou uma força incomum, lidando com as saudades que sentia do pai e o medo que sentia em certos momentos com a cabeça erguida, além de que, a personagem demonstrou aquela inocência que as crianças têm. O retrato dessa inocência é quando a mesma convive com o Sung Hoon e com seu jeitinho espontâneo tenta sem nem perceber, tocar o coração dele, e admito, isso me deixou emocionada. Ver a Soo Yeon sendo tão inocente, ingênua e meiga com pessoas que não deveriam ter esse tipo de tratamento me fez pensar em como as crianças são puras, e de certo modo, refletir sobre como nós adultos nos tornamos tão rancorosos e vingativos com o passar da experiência de vida... Afinal, às vezes, se apenas aprendêssemos a perdoar como a Soo Yeon, nos livraríamos de sentimentos muito ruins que insistimos em guardar... Ah! A atuação da Na Yoon foi perfeita! *-*

7) Secundários que contribuem inesperadamente para a trama...

Eu não poderia deixar de mencionar alguns secundários que trouxeram certa contribuição para a trama, alguns mais que outros, mas enfim... Um deles é o sunbae da Mi Rae, o jornalista Kim Ik Dong (Kim Kin Doo) que é tão cego de amores por ela que acaba se envolvendo na busca pela Soo Yeon e consequentemente, precisando auxiliar o Deuk Cheon e o Sung Joon em muitos momentos. Mas até que ele era legal e fofo...

Outros que foram um grande apoio para o Deuk Cheon são os parceiros da polícia, o Na Soo Ho (Choi Woong), o Lee Hyung Shik (Yoon Gyung Ho), e o Park Yoo Shik (Lee Chul Min), os quais foram parceiros leais meeesmo.

Temos também a equipe da promotora Choi, a engraçada Na Song Yi (Lee Ye Eun) que acreditava iludidamente que o Soo Ho estava interessado nela, o que me garantia algumas risadinhas. E o bobão e lerdinho Jin Byeong Joon (Jo Jae Ryong) que realmente pareceu um mero figurante.

E por último mas não menos importante, a protótipo de vilã, insuportável e que me causou uns pequeninos acessos de raiva (leves, mas consideráveis), a qual achei que seria apenas uma patricinha sem importância mas que acabou contribuindo significativamente em certo desdobramento: Srtª Park Seo Jin (Jo Soo Hyang). Sério. Eu. Detestei. Essa. Menina!

8) Episódio Final e O plot twist: wow!

Então, a reta final foi repleta de reviravoltas e um plot twist em particular me deixou boquiaberta, em certo momento, eu fiquei pensando que aquilo poderia acontecer, que poderia ser bem isso mesmo, mas não queria a confirmação porque isso resultaria no fim do ship que inconscientemente montei na minha cabeça. Mas como a vida tem dessas, meu ship foi destruído em nome do plot twist loucão. Fazer. O. Que. Né?! Pois bem, mesmo com esta questão, confesso que achei genial como a reviravolta foi inserida na trama e isto aumentou o nível do enredo, logo, podemos concluir que Duel foi simplesmente, muito bem construído, e de uma inteligência admirável. Tá aí um dorama de ficção científica extremamente bem elaborado. No mais, o episódio final foi carregado de emoções, personagens merecidamente se dando mal, uns pagando pelo que tinham feito mas cometendo ações bondosas em um momento de autorreflexão e claro, os mocinhos recebendo fins justos e dignos. O último episódio encerrou com chave de ouro esta trama maravilhosa e me senti completamente satisfeita, feliz por ter acompanhando um dorama excelente que conseguiu me manter vidrada nele do início ao fim.

#QueroEssesDoisAtuandoJuntosNumFuturoPróximo!

9) OST

A trilha sonora não é o forte da trama, entretanto, deixo abaixo a canção que ficou diretamente associada ao dorama e sempre me fará lembrar do mesmo. É isso, comentem aí o que acharam de Duel pois quero saber se curtiram tanto quanto eu. Até o próximo post!

Mad Soul Child - Nightmare