Mr. Sunshine [K-Drama]


Tem resenhas que eu não sei exatamente por onde começar porque tenho inúmeros comentários a fazer e esta é uma delas, acho que devo então deixar um aviso nesta introdução sobre o fato de que o post será maior que o normal. O motivo? Eu realmente preciso e necessito panfletar devidamente este título, um dos melhores doramas do ano! Vamos lá falar sobre o hino de dorama chamado Mr Sunshine!


Sinopse: Um garoto coreano levado aos EUA durante o incidente de Shinmiyangyo, em 1871, volta como um soldado americano e se apaixona pela filha de um aristocrata.
Gênero: Histórico, Militar, Ação, Drama, Romance, Guerra Tragédia
Nº de Episódios: 24
Ano: 2018
Onde Encontrar: Netflix (online), Kingdom Fansubs (download/online), Fighting Fansub (download/online)

Antes de iniciar preciso agradecer à minha amiga Julyana (@infinitekimchi) por participar desta resenha comigo no tópico Contexto Histórico, a criatura descreveu tão perfeitamente as épocas apresentadas na trama que eu quase não tive o que acrescentar. Juu, obrigada por ser tão incrível e mais ainda, agradeço por ter me convencido a ver esse hino de dorama!

- Enredo: Um trama histórica com todos os diversos tipos de emoções!

Mr. Sunshine inicia sua história a partir de um acontecimento específico em 1871, ano no qual ocorreu a primeira expedição americana em solo coreano resultando em uma baixa significativa para os orientais. Uma criança chamada Choi Yoo Jin perde seus pais em um acontecimento trágico e por ser filho de escravos precisa fugir para conseguir sobreviver, em meio à sua fuga, Yoo Jin encontra um homem que o ajuda dando-lhe a oportunidade de sumir, então ele segue um estrangeiro e parte para a América. Chegando em um país totalmente desconhecido, Yoo Jin continua seguindo o jovem estrangeiro, o qual lhe pergunta seu nome e por não compreender corretamente acaba chamando-o de Eugene, nome foneticamente semelhante. Anos depois, Eugene torna-se parte da Marinha Americana e junto de seu amigo Kyle Moore retorna ao seu país de origem para fazer parte da legação americana e representar os interesses dos Estados Unidos. Eugene logo conhece uma Srtª da nobreza chamada Go Ae Sin e apaixona-se por ela, mal sabe ele que a moça é uma das participantes de um movimento para defender Joseon da invasão de outros países e que para esse amor poder se tornar real, muitos obstáculos precisariam ser superados. Pode parecer que Mr. Sunshine é apenas sobre um coreano escravo que alcançou uma nova perspectiva de vida a partir de sua fuga para outro país e que ao retornar envolveu-se em um amor provavelmente fadado ao fracasso, mas não, posso afirmar que o enredo é muito mais do que isso. Temos aqui uma representação de uma época sofrida da Coreia do Sul, uma época em que o país estava enfraquecido e países maiores buscavam ganhar proveito em cima disso, bem como, os planos do Japão para colonizar e se apossar de Joseon,  é claro que há uma história fictícia contada durante todo este período histórico, mas isto não impede o dorama de mostrar de forma realista uma época sombria no qual um país sofreu constantes ameaças pelo fato de ser dependente de outros. E para abordar melhor esse período histórico e o significado dele no enredo vamos para o próximo tópico.

- Contextualização histórica

O período histórico em que Mr. Sunshine se desenvolve é no final do século XIX, que foi um momento crítico da humanidade por causa das tensões geradas com a corrida imperialista entre as grandes nações. As potências mundiais desbravaram oceanos em busca de novas terras para colonizar e explorar suas riquezas. E foi nessa busca pelo título de hegemonia imperialista que o continente asiático ganhou visibilidade. Através dos seus tesouros admiráveis, a Ásia acabou atraindo os olhares cheios de desejos que trouxeram consigo fúria e destruição. Mr. Sunshine teve o seu enredo desenvolvido no início da Ocupação Japonesa na Coréia, um tema MUITO sensível e sombrio da história dos coreanos e que tem traços perpetuando até hoje. Tema este claramente perceptível em outros dramas com essa temática, em Chicago Typewriter (2017) e Bridal Mask (2012) que se passam em 1930, o regime de horror e também de resistência em que se encontra a península coreana sob o domínio japonês. As consequências são notadas ainda mais no filme Spirits Homecoming (2016) o qual trata de forma crua, mas necessária sobre as “mulheres de conforto” termo que é usado no Japão como um eufemismo para o que a Coreia do Sul considera simplesmente como escravidão sexual.  Aqui no dorama nós conhecemos o início de tudo, o período instável de transição que tentou de todas as formas resistir ao domínio japonês, pessoas que deram ~literalmente~ o sangue em prol do seu país, na esperança de que dias melhores chegariam.

Onde tudo começou...

Mr Sunshine aborda o Imperialismo centrado nos conflitos que ocorreram entre os países: China, Coréia, Estados Unidos, Japão e Rússia. A treta toda se iniciou porque o Japão acordou um dia e disse: cansei dessa vida de feudalismo, agora quero brilhar no capitalismo. E com a restauração da era Meiji (1868) , ele se modernizou e  foi consumido pela ambição de se tornar um país imperialista, o que gerou a necessidade de expansão pelo continente asiático. O Império do Japão, primeiramente, tentou invadir a China (Dinastia Ming) através de uma união diplomata com a Coréia (Dinastia Joseon), fato que resultou numa tentativa falha, tendo em vista que os coreanos eram vassalos dos chineses. Insatisfeitos, os japoneses deixaram a cordialidade e tomaram medidas extremistas ao iniciarem o conflito armado no território coreano, A Guerra Imjin (1592-1598). Por que o Japão estava tão interessado na Coréia? Então, além de uma considerável fornecedora de minérios e outras riquezas, por ser uma península aberta ao Oceano Índico, a Coréia era considerada uma região estratégica, sobretudo no que diz respeito à recepção e ao escoamento de produtos comerciais e matérias-primas. Ou seja, o prato cheio que os japoneses ansiavam. Com o fim da Guerra Imjin, a dinastia da Coréia (Joseon) sofreu o maior dano entre os três países envolvidos, pois viu diminuída sua terra cultivável, o que deteriorou severamente sua economia, sofreu também com a perda e destruição de importantes arquivos históricos, artefatos científicos e culturais, unido ao sequestro de técnicos e artesãos para as terras japonesas.

O povo de Joseon luta e resiste!

O dorama inicia ao mostrar uma Joseon totalmente fragilizada mas que ainda assim lutou e resistiu nas batalhas da Ilha Ganghwa (1871), quando foi sujeita a intervenção norte-americana. Esse cenário é utilizado como plano de fundo do primeiro episódio de Mr. Sunshine, que nos apresenta dolorosamente às pessoas as quais iremos acompanhar durante toda a trama. Somos apresentados aos meninos Yoo Jin, (filho de escravos) e Dong Mae (filho de açougueiros) que têm suas famílias julgadas e maltratadas pelo preconceito social proveniente do sistema de classes de Joseon e que buscam refúgio e abrigo na casa de países considerados inimigos: Estados Unidos e Japão. Buscam também  um apoio de pessoas e estas comovidas pelo patriotismo decidem lutar com todas as forças para proteger Joseon, mesmo que para isso precisem ser resistência e rebeldia. Uma importante ressalva é a exibição que o enredo faz sobre a escravidão, tema que quando citamos no nosso país associamos aos negros entretanto, Mr Sunshine mostra que havia também escravidão no oriente e não por características como cor, raça, mas sim pelo sistema social presente na sociedade da época. Ainda no contexto histórico, o império japonês  se aproveitou da instabilidade de Joseon e tomou medidas extremistas ao infiltrar o seu exército militar em território coreano e submeter este país a tratados desiguais. Um desses tratados é abordado durante as cenas dos episódios de Mr. Sunshine: o Tratado de Ganghwa (1876), que concedeu direitos extraterritoriais aos cidadãos japoneses na Coreia, e forçou o governo coreano a abrir três portos para comercialização e acesso ao Japão. Em diversas cenas do dorama é notável que os japoneses usaram e abusaram desse tratado ao tentar impor a sua linguagem e a sua unidade monetária aos residentes de Joseon.

Joseon é ameaçado por um período obscuro mas continua resistindo ...

O que dificultou ainda mais a situação para os coreanos foi o fato dos japoneses terem conquistado territórios gradativamente, avançando em sua direção. Isso foi evidenciado na Primeira Guerra Sino-Japonesa (1894-1895), que resultou na derrota da China e no início do controle do Japão sobre áreas estratégicas do extremo oriente, principalmente a Coréia. Outros fatos históricos que também são abordados em Mr. Sunshine são a Reforma Gabo (1894) que culmina no fim da escravidão na dinastia Joseon, e a Guerra Hispano-Americana (1898) que sinalizou de vez a decadência espanhola como potência mundial e concretizou o Estados Unidos como potência mundial.  É conhecido historicamente que a navegação era a porta de entrada mais eficiente durante o Imperialismo, e a sofisticação das máquinas navais era fator crucial para determinar o vencedor durante um confronto. E esse fato é evidenciado aqui em no dorama que tem como representante norte-americano, o capitão dos fuzileiros navais do EUA. Outra guerra citada é a Guerra Russo-Japonesa (1904-1905), um conflito armado que ocorreu entre o Japão e a Rússia, na qual os japoneses saíram como vencedores, o que enfatizou ainda mais o poderio deles no continente asiático, principalmente sob a Coréia. Vale comentar também que com essa guerra em evidência no dorama podemos observar um cenário no qual guerras trazem lucros monetários, confrontos entre países movimentam muito dinheiro e alguns países poderosos que não se envolvem diretamente nos conflitos, apenas se mantém como um apoio por detrás dos panos, fornecendo soldados e munição em troca de dinheiro. Em contrapartida, o país que está servindo como base de confrontos para a Guerra, por exemplo, a própria Joseon, torna-se fragilizado não apenas economicamente, como também pelos combates que envolvem os habitantes e causam perdas trágicas, deixando o país em questão totalmente à mercê de outros.
Além de todos esses apontamentos de modo geral, podemos perceber que Mr Sunshine apresenta diversos momentos históricos de seu país e inclui ainda uma visão sobre Joseon em relação ao resto do mundo. Por exemplo, enquanto tínhamos Joseon ainda cercado pelo sistema arcaico de Rei e cúpula do mesmo, possuindo todo um confronto interno entre ministros, países se desenvolviam mais rápido e implantavam o sistema de democracia, o próprio Eugene em uma cena específica faz esse apontamento ao defender o sistema que aprendeu e seguiu nos Estados Unidos. Há também de se considerar a influência de outros países em Joseon, o próprio cenário do dorama mostra essa mistura de cultura e como a Ásia começou a ser explorada e a ganhar influência do conhecimento vindo do ocidente, as fronteiras entre idiomas, hábitos e estilos de roupas se tornaram cada vez menores. A mescla cultural é evidente desde o primeiro episódio ao vermos os americanos chegando em Joseon com suas roupas no estilo Ocidental e muitos habitantes de Joseon ainda vestindo seus trajes típicos da época. Até mesmo a Ae Sin decide começar a aprender inglês, o que mostra a propagação de diferentes idiomas no continente.
A Coréia se tornou Protetorado do Japão após a assinatura do Tratado de Eulsa (1905) e a anexação da Coreia pelos japoneses foi oficialmente firmada no Tratado Japão-Coreia (1910), que na verdade nunca foi assinado pelo governante coreano, o imperador Gojong, como é visto no dorama. A relação entre Japão e Coreia do Sul até hoje ainda envolve muita controvérsia e desconforto por partes dos coreanos e considerando que os conflitos foram praticamente recentes é de se compreender tanta tensão política. Mr Sunshine mostra com clareza todo esse poderio japonês em cima da antiga Joseon, época histórica em que os coreanos sofreram e desde então ficaram marcados com tudo o que passaram, e saber que há um fato verdadeiro em tudo aquilo é realmente doloroso. Mr Sunshine é um banho cultural que com maestria nos ensina história de modo emocionante e comovente.

- Mr Sunshine: uma produção que merece elogios!

Mr Sunshine é uma produção da emissora coreana tvN com a Netflix e preciso deixar aqui registrado meus elogios à produção como um todo. A começar pelo figurino que mesclou os trajes típicos coreanos da época em questão com os de outros países como Japão e Estados Unidos. Podemos conferir nitidamente a destoante caracterização nas cenas, figurinos trabalhados especificamente para cada personagem a depender de sua nacionalidade e história, como exemplo o Dong Mae que se veste por completo como um samurai enquanto Eugene Choi já apresenta os antigos ternos ocidentais da época.

A fotografia do drama é outro ponto que merece ser elogiado pois consegue nos deixar literalmente com os olhinhos brilhando ao se deparar com algumas cenas específicas. E o que dizer da sonoplastia? Impossível não perceber o trabalho minucioso dos sonoplastas que elevaram a produção a um nível cinematográfico. É um drama impecável em cada detalhe, nos figurinos, cenários admiráveis como o Glory Hotel, nos sons apresentados ou simplesmente nas atuações dignas de prêmios, o conjunto como um todo está maravilhoso e este é um dos motivos que fazem deste drama uma produção incrível que merece e precisa ser vista.

- Personagens

Eugene Choi - Choi Yoo Jin (Lee Byung Hun): Um coreano americano.

Eugene é um dos nossos protagonistas masculinos e assim como todos os outros que mencionarei posteriormente tem um desenvolvimento muito bem trabalhado. Começando por seu passado, posso dizer que fiquei muito triste com o que ele passou quando criança, a história de um menino filho de escravos que presenciou a morte dos pais e tão jovem ficou sozinho no mundo é de partir o coração de qualquer pessoa. Eis que ele encontra em outro país a oportunidade de ser diferente, ser alguém além de um mero escravo e para conseguir isso decide tornar-se parte do exército americano. É claro que para Eugene superar o preconceito de ser um asiático em uma terra distante e ainda por cima sendo um garotinho de origem humilde não seria algo fácil a se fazer, porém ele encontra no americano Joseph um apoio inesperado e afetuoso. Anos depois, Eugene se estabelece na carreira militar tornando-se Capitão do Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha e é enviado para Joseon, seu antigo país de origem que agora está sofrendo com pressões de outros países.
Novamente em Joseon, Eugene precisa lidar com as lembranças dolorosas que ficaram na memória, além de todo o ressentimento e mágoa da família para qual seus pais serviam. Em contrapartida, ainda precisa compreender seus sentimentos pela jovem nobre Ae Sin, uma garota que está longe de ser apenas uma moça comum da cidade e justamente por ser uma jovem idealista chama-lhe a atenção. Um aspecto importante do personagem é a forma como ele encara sua "dupla nacionalidade", o garoto que sofreu tanto em Joseon  pelo fato de ser escravo retorna como americano representando o país que lhe acolheu, mas em meio a tantos conflitos no seu país natal torna-se cada vez mais visível que em algum momento ele precisará tomar uma decisão e é exatamente isso que ele faz quando chega a hora. Um personagem maduro que demonstrava ser exteriormente duro e rígido, mas que na verdade, lá dentro era muito gentil e empático com as outras pessoas, além disso, Eugene foi o tipo de personagem que sabia lidar com as diversas e mais inesperadas situações, sendo elas boas ou ruins, o prota conseguia manter a cabeça no lugar e pensar de modo a resolver o empecilho. Eu confesso que não morri de amores pelo prota porque meus olhos estavam grudados em outro que comentarei a frente, mas não posso negar que Eugene Choi foi um personagem marcante não apenas por sua história de vida, como também pela trajetória que construiu.

Go Ae Sin (Kim Tae Rin): Mulher idealista!

Ae Sin é filha de uma das famílias mais nobres de Joseon e como tal precisa ser uma moça comportada e fazer jus ao nome de sua família. Os pais de Ae Sin faleceram anos atrás quando lutavam contra o movimento japonês a favor de Joseon, eles faziam parte do Exército da Justiça, uma organização que reunia patriotas a fim de defender seu país. Após ter ficado órfã, ela foi encaminhada para Joseon e passou a ser criada por seu avô seguindo inicialmente todas as suas regras. À medida que amadurece, Ae Sin decide fazer parte do movimento que seus pais apoiaram, ao ver seu país sendo dizimado sem poder fazer nada, sofrendo com ameaças de outros países mais poderosos, ela deseja tornar-se alguém que possa defender e ajudar seu próprio povo, por este motivo, ela começa a treinar arduamente. No início seu avô não deseja que a moça se envolva, não apenas por zelar por sua segurança, mas também por achar que as mulheres tem outra função e deveriam seguir os costumes comuns, porém Ae Sin prova que seu lugar é ao lado dos patriotas que querem salvar Joseon, conseguindo posteriormente o apoio do avô nessa jornada.
A maior qualidade da protagonista para mim foi justamente sua coragem e determinação para enfrentar os perigos que surgiam, tudo visando seu principal objetivo, apoiar o Exército dos Justos e buscar uma maneira de impedir a ruína de Joseon e seu povo. Ae Sin tinha seus próprios ideais e tornou-se memorável por sua capacidade de agir quando necessário, uma mulher forte e admirável, capaz até mesmo de deixar seu romance em segundo plano para priorizar o futuro de sua nação, sua pátria. Meu único desapontamento com ela foi em relação a falta de compreensão da moça em relação as atitudes de outro personagem, mas isso comentarei mais detalhadamente em outro tópico... Enfim, Ae Sin foi uma personagem guerreira e não há melhor adjetivo para defini-la, a moça agiu com inteligência e esperteza, priorizando seus ideais e buscando incansavelmente uma forma de proteger sua terra natal Joseon, realmente impossível não admirá-la.

Lee Yang Hwa - Kudo Hina (Kim Min Jung): Hoteleira e rainha nas horas vagas!

Kudo Hina é uma coreana chamada Lee Yang Hwa nacionalizada japonesa que ao retornar a Joseon abre uma hotel para acomodar todos os estrangeiros que estão chegando e saindo do país, o badalado Glory Hotel. Ainda jovem, a mãe de Hina sumiu e seu pai a vendeu para um homem muito mais velho do que ela, sendo assim, ela foi obrigada a se tornar uma esposa e dona de lar obediente, de modo a satisfazer as vontades e desejos de seu marido. Anos depois, agora viúva, Hina administra o Glory Hotel e usufruiu de todo o dinheiro que seu marido lhe deixou, vivendo dias comuns como empresária, ao menos é o que ela faz inicialmente. A verdade é que Hina está sempre bem informada sobre o que está acontecendo na cidade e é esperta o suficiente para compreender que a disputa entre Joseon e Japão é questão de tempo para "estourar", em meio a toda essa tensão entre países, ela deseja apenas uma coisa, reencontrar sua mãe.
A audaciosa empresária faz uso das informações que possui a fim de conseguir apoio para as buscas da mãe, e mesmo parecendo inicialmente que ela não tem qualquer intenção de tomar partido sobre o possível combate, eis que a moça nos surpreende no momento mais crucial da trama. Eu amei esta personagem! Mesmo a Ae Sin sendo tão memorável como personagem feminina, minha preferida do drama foi a Kudo Hina. Ela é a elegância, persuasão e audácia em pessoa, sempre sabendo contornar a situação de modo inteligente, sem perder o autocontrole e acima de tudo, defendendo-se com unhas e dentes. Uma mulher que superou sua trágica vida, mesmo tão jovem foi obrigada a satisfazer um homem mais velho que ela, o qual jamais a valorizou e mesmo em meio ao inferno, ela conseguiu criar garras e superar esta situação. As marcas permaneceram em sua pele e psicológico, porém Hina demonstrou ser forte o suficiente para enfrentar as cicatrizes e continuar seguindo em frente. E o que dizer de sua coragem e determinação ao tomar uma decisão? Sinceramente, não sei fazer algo além de admirar cada ação tomada pela personagem, ela me marcou profundamente e se tornou a minha preferida do drama. Palmas para a Min Jung que brilhou como Kudo Hina, me fazendo gostar muito mais dela aqui do que como protagonista de Man to Man.

Go Dong Mae/ Ishida Sho (Yoo Yeon Seok): O espadachim que roubará seu coração!

Dong Mae é um filho de açougueiro que cresceu sob preconceito por ser de uma baixa classe. Quando jovem, seus pais foram mortos e ele encontra uma nova oportunidade ao se tornar Ishida Sho, assumindo a partir deste momento a identidade de um japonês descendente do chefe de uma gangue mafiosa chamada Sociedade Musin. Anos depois, Dong Mae retorna a Joseon, tornando-se o responsável pela área e exercendo grande influência devido a sociedade a qual pertence, sendo respeitado e principalmente, temido por todos. O espadachim inicialmente demonstra ser alguém frio, um assassino capaz de matar qualquer um sem remorso, justamente por muitas de suas atitudes serem tão impiedosas e por não deixar transparecer o que realmente pensa e sente, Dong Mae torna-se um personagem instigante, nos faz sentir vontade de acompanhar sua trajetória e conhecê-lo mais profundamente. À medida que ele começa a tomar decisões e demonstrar certos interesses, se torna cada vez mais nítido quem realmente é Go Dong Mae.

O homem sanguinário tão habilidoso com a espada, o qual jamais demonstrou qualquer pena ou empatia por suas vítimas, tinha sim sentimentos e inesperadamente, um amor unilateral tão forte que o consumiria por dentro. O mais fantástico do personagem é a forma como ele nos cativa sem sequer percebermos, temos um Dong Mae rude, irônico, completamente seguro de si e capaz de cometer atrocidades se julgar necessário, porém, no fundo, ele é um homem com uma história dolorosa que superou o infortúnio e seguiu no caminho que lhe foi apresentado como única escolha, exatamente por isso, por desconstruir nossa primeira impressão sobre ele e explanar seu verdadeiro eu posteriormente, o personagem nos conquista. A partir do momento em quem entendemos quem é o Dong Mae e o que ele sente, não há como deixar de sentir pena do rapaz por ele ser tão incompreendido pelos demais, principalmente a Ae Sin, falarei mais sobre isso em outro tópico. O fato é que Dong Mae é um personagem extremamente complexo, ele não deixa seus pensamentos às claras, age de acordo com seu próprio julgamento e toma atitudes drásticas sem pestanejar quando preciso, não é retratado como um típico mocinho tampouco como um vilão, ele está na linha tênue que separa essas duas fronteiras. A meu ver, Dong Mae se tornou o maior destaque masculino do enredo justamente por seu contraste, era sombrio em algumas de suas atitudes e ainda demonstrava total fidelidade ao sentimento mais puro que existe, o amor. Um personagem que se tornou memorável  devido às suas ações e personalidade de modo geral, aproveito e enalteço a excelente atuação do Yeon Seok que novamente me conquistou, confiram também o rapaz no excelente Romantic Doctor, Teacher Kim.

Kim Hui Seong (Byun Yo Han): O menino travesso.

Hui Seong pertence a uma família nobre de Joseon, a segunda família mais rica após a pertencente do rei, o que lhe acarreta em fama e um título reconhecido, todos o chamam de Jovem Mestre onde quer que vá. O rapaz partiu para o Japão quando seu avô ainda era vivo a fim de poder ter uma educação melhor e para livrar-se um pouco da carga de ser descendente de alguém tão impiedoso com seus escravos. Anos depois, ele retorna a Joseon e como seu noivado fora marcado tempos atrás por seu avô, decide então finalmente reencontrar sua noiva e reatar o compromisso arranjado. O que Hui Seong não esperava era que o coração de Ae Sin mudara e que ela não tinha qualquer intenção de reatar esse noivado acordado tantos anos antes, a posição dela perante a situação o faz pensar no que realmente sente e ele percebe que seus sentimentos por Ae Sin continuam presentes.
Entretanto, há um impasse nesse romance pois além de Ae Sin estar apaixonada por outro, este outro em questão é alguém para quem o Hui Seong sente que deve um mínimo de consideração devido a história de suas famílias no passado, o rapaz então decide respeitar o amor que existe entre eles e sair do caminho da maneira que pode. Gostei muito da forma como Hui Seong se comportou em muitos momentos, sempre divertia tentando não levar tudo tão a sério e mesmo demonstrando não estar nem aí para a vida, ele sabia como ninguém considerar os sentimentos dos outros, sabia respeitá-los e levá-los em consideração quando necessário. Ele também sentia culpa por atos de sua família, sua história assim como as dos demais protagonistas era marcada, no caso dele, por crescer em uma família nobre que sempre impôs seu poder desconsiderando as minorias. Entretanto, o  moço que para mim era inicialmente apenas um moleque travesso se provou um homem de atitudes dignas em muitos momentos. Impossível não amar esse menino, pessoal! E Yo Han está completamente encantador no papel, certeza que irão se apaixonar por ele também.

É muito importante ressaltar que todos os cinco protagonistas mencionados são incrivelmente marcantes, cada um possui sua própria história de vida e trajetória, cada um trilhou seu caminho a partir de suas escolhas realizadas com base em seus próprios ideais e por este motivo e pelo fato destas histórias serem tão profundas, me senti enormemente cativada pelo quinteto. Cada um à sua maneira me emocionou e mesmo gostando especificamente mais de alguns do que outros, a grande verdade é que todos ganharam um espaço em meu coração pois acompanhar cada caminho individual que se cruzava com os demais foi um dos pontos mais interessantes e memoráveis deste dorama.

Há inúmeros personagens que aparecem na trama em determinados momentos e cada um, sem exceção, tem sua função em algum desdobramento a partir de suas específicas ações. Comentarei apenas brevemente sobre alguns pois do contrário esta resenha ficará maior do que já está, então de início preciso citar o parceiro e amigo americano do Eugene, o meu querido Kyle Moore (David Mclnnis), o qual se destacou quando o assunto era ser justo. Kyle apoiou o Eugene em inúmeros momentos, até mesmo o ajudou quando a situação estava prestes a sair do controle, um ser admirável que eu amei e até esqueci do meu ranço com o ator em Descendants of the Sun.

Os caçadores de escravos Il Sik (Kim Byung Chul) e Choon Sik (Bae Jeong Nam) conseguiram de maneira inesperada trazer um tom cômico e afetuoso em várias cenas. Os dois perseguiram o Eugene quando ele era criança e no começo eu os detestei por isso, entretanto depois descobre-se que eles, na verdade, o salvaram. Uma revelação sutil que me preencheu o coração de carinho pelos dois, além de que, a relação que eles desenvolvem com o Eugene e Hui Seong era muito legal de se ver.

Preciso deixar aqui registrado o meu carinho pelo divertido intérprete Im Gwan Soo (Jo Woo Jin), o qual me divertiu em inúmeras cenas por causa da relação amistosa e até mesmo engraçada que desenvolveu com o Eugene. E claro, não poderia faltar uma menção para a criança mais fofa, madura e incrivelmente cativante que começou a trabalhar com o Eugene em certo momento da trama, o esperto Do Mi (Go Woo Rim).

Além deles, cito brevemente a Hotaru (Kim Yong Jin), uma mulher próxima e apaixonada pelo Dong Mae e que sem dizer uma única palavra conseguiu marcar uma forte presença em cena. E ainda há o subordinado do Dong Mae, o Yoojo (Yoon Joo Man), um homem que mostrou o verdadeiro significado de lealdade.

Os demais personagens vocês conferirão na trama porque se eu me prolongar muito aqui faltará espaço para todos os outros tópicos que ainda quero escrever, então encerro citando os vilões que foram realmente detestáveis e para mim, mesmo o Takashi Mori (Kim Nam Hee) sendo um desgraçado que eu quis esbofetear com minhas próprias mãos, minha raiva por ele não superou o ódio mortal que adquiri pelo desgraçado Renoie Hiroaki também chamado Lee Wan Ik e conhecido por mim como "o velho de bengala que eu desejei ver morto". Olha, esse cara me tirou do sério!

- Romance: é tanto ship que nossa, haja coração!

O romance tem vez no título e a possibilidade de tantos casais pode fazer com que dorameiras shippem muito errado e sofram desesperadamente ao ver seus casais se desencontrando. Para situar vocês um pouco em todo o cenário amoroso vou começar pelo possível casal Ae Sin e Hui Seong. Os dois são prometidos há anos desde quando ainda eram apenas crianças, mas como Hui Seong viajou para o exterior, cresceu longe de sua prometida. Quando o moço retorna, as famílias dos dois mantém a promessa de anos atrás, mas ao contrário do Hui Seong, Ae Sin não pensa em se casar e viver uma vida normal, além de que, o coração dela já está ocupado por outro homem.
Eu realmente não torci para este ship porém admito que fiquei com pena do Hui Seong porque ele demonstrou que seus sentimentos jamais mudaram e mesmo podendo exigir o casamento, ele respeitou os sentimentos da Ae Sin e soube dar uma passo para trás. É claro que há de se considerar que o moço sentia tanta culpa em relação ao Eugene e que em partes, por consideração a ele, não lutou por quem amava e isso só me fez amar ainda mais o moleque travesso, afinal para quem demonstrava sempre não levar a vida sério, na verdade, ele era a pessoa que mais considerava seriamente os sentimentos dos outros, esbanjando empatia, gentileza e muito respeito.


Então, com a chegada do Eugene como parte da legação americana em Joseon, por diversos motivos e circunstâncias, a Ae Sin constantemente o encontra e em certo momento, ele percebe um segredo que ela desejava esconder. A moça nobre de Joseon é um das rebeldes que lutam pela independência de seu país e ao mesmo tempo que alguns ideais dela batem de frente com os dele, os dois começam a apaixonar-se gradativamente. Em diversos pontos da histórias vemos o contraste de duas pessoas de mesma origem mas que cresceram em mundos diferentes, enquanto um foi descartado por seu próprio país e escolheu outro como sua pátria, outra pensa apenas em salvar a terra na qual nasceu. Esse combate e divergência de opiniões está sempre presente e torna-se um certo empecilho na relação dos dois, porém em várias circunstâncias que Joseon está ameaçada de diversas formas, Eugene assume uma posição nas batalhas e ajuda Ae Sin não por seu país em si, mas primeiramente por ser o correto a fazer em tal situação.

Diversas ocasiões também deixam Ae Sin em uma espécie de conflito interno pois seu ideal de proteger o país que ama sempre fora o mais importante objetivo de sua vida e um romance poderia ser mero luxo para alguém que escolheu tal tipo de caminho. Apesar de ser difícil, ela não hesita em nenhum momento chegando até mesmo a conversar com o Eugene deixando claro seu ponto de vista em relação ao destino que acredita ter, a mulher idealista deseja acima de tudo, libertar sua Joseon mesmo que precise deixar seu coração para trás. Até que em certo momento, Eugene demonstra que seu coração também sente vontade de lutar pelo país no qual nasceu e acima desse sentimento está a vontade de defender e proteger a mulher que ama. Confesso que não consegui me apegar a este casal não sei se pela química, a qual não senti que era realmente surtante ou simplesmente por outro ter ganhado meu coração imediatamente, só sei que apesar disto, o ship foi marcante à seu modo e os personagens demonstraram no fim quão genuínos eram seus sentimentos. Eles eram o casal LOVE e isso que importa! Haha' Quem assistiu o drama irá entender.

Há também um passado entre o espadachim Dong Mae e a nobre Ae Sin, um momento que eles compartilharam juntos no qual a Ae Sin o ajudou e que se tornou inesquecível para o Dong Mae. Desde o início do dorama podemos perceber que Dong Mae sente mais do que uma gratidão pelo passado, mesmo ele não admitindo no início que sua salvadora foi a Ae Sin, ao decorrer dos episódios fica cada vez mais nítido que surgiu um amor unilateral por parte dele. O que mais me marcou nesse amor que o Dong Mae sentia pela Ae Sin foi a capacidade dele de amar tão fielmente e até mesmo cegamente, sendo capaz de assumir riscos por conta deste sentimento, riscos que colocavam sua própria vida em jogo.

E se por um lado, Dong Mae expressava seus sentimentos à sua maneira, por outro Ae Sin o incompreendia completamente sem sequer perceber que lá no fundo ele tinha algo bom, havia nele sentimentos tão genuínos que provavam a existência de um outro Dong Mae, não aquele espadachim sanguinário, mas sim um mero homem com capacidade para amar plenamente. Fiquei muito triste pelo fato do Dong Mae sempre fazer de tudo para proteger a Ae Sin e ela nem sequer perceber um vislumbre destas ações, claro que ele jamais deixou claro suas intenções e muitas vezes foi capaz de extremos a fim de mantê-la sob segurança, porém mesmo assim desejei que a moça percebesse o quanto ele a amava, mesmo que ela não pudesse retribuir, ele merecia, ao menos, que ela se desse conta desse sentimento tão puro chamado amor.

E não poderia faltar uma menção a Kudo Hina, a qual inicialmente encontra-se encantada pelo Eugene Choi e lhe dá até algumas regalias no hotel. Mas, sendo tão esperta como é, Hina logo percebe que o coração do Eugene está ocupado pela Ae Sin, o que não a faz imediatamente desistir dele, pelo contrário, a moça gosta de provocar e não tem vergonha quanto a expor seus sentimentos.

Porém, desde a primeira cena entre Hina e Dong Mae, eu simplesmente me encantei por eles e mesmo uma vozinha na minha cabeça dizendo " sai dessa porque provavelmente esse ship é muito errado, tu vai sofrer!", não consegui me conter e já nos episódios inicias estava completamente surtada por este casal. O motivo? A amizade entre Hina e Dong Mae era mais do que um sentimento de sentir-se à vontade na frente do outro, eles eram muito mais que isso, os dois conseguiam retirar as máscaras, expor seus mais secretos pensamentos e deixar os sentimentos virem à tona de uma forma surpreendente.


Não havia vergonha, muros ou barreiras quando eles conversavam sobre determinado assunto referente às suas vidas, eles tinham uma confiança tão genuína que conseguiam apenas falar o que estavam sentindo, mesmo que fosse algo doloroso. E sério, se você não se encantou com esta relação é porque provavelmente viu o dorama errado. Brincadeiras à parte, eu realmente afirmo com todas as letras que este foi o melhor ship desse dorama, eu shippei tanto que quando o desfecho do drama chegou, quase tive uma crise de choro. Na verdade tive sim uma crise de choro! Claro que o enredo deixou bem claro o quanto o Dong Mae amava a Ae Sin, mas para mim também ficou notório que ele amava a Hina à sua maneira e ela também o amava. Só sei que Hina e Dong Mae marcaram e destruíram meu coração pelo resto da vida e me mostraram que amar é encontrar no outro a confiança necessária para mostrar seu lado mais vulnerável. Ai gente, meu ship </3

- Bromance: O trio mais apaixonante do ano!

Uma das minhas surpresas em relação a este dorama foi justamente a forma sutil como ele inseriu um bromance completamente apaixonante em seu enredo. Dong Mae, Eugene e Hui Seong são três homens completamente diferentes que inesperadamente, começam a conviver juntos e a desenvolver uma relação próxima. Eles não se tornam amigos amorosos que abertamente demonstram a amizade, não é este tipo de relação sobre a qual estou me referindo, eles se aproximam gradativamente e por estarem ligados por uma linha de coincidência acabam por dividir momentos significativos.
Hui Seong pode ser considerado o responsável por quebrar o gelo e unir os três, graças a ele quando o trio se encontrava em um local em comum que frequentavam para beber, Dong Mae e Eugene eram obrigados a acompanhar um ao outro porque o moleque travesso era o primeiro a sentar ao lado dos dois. E por ironia do destino, ou não, os três têm algo muito forte em comum, uma mulher por quem cada um faria o que julgar necessário. Esta relação se torna mais íntima gradativamente e no fim, se tornou memorável por tudo que representou, me fez até pensar no que esses três poderiam viver juntos caso estivessem vivendo em outra época, caso pudessem de fato viver uma vida comum em um momento longe de seus passados. É difícil explicar exatamente porque a relação dos três é algo tão encantador, só dá para entender mesmo sentindo-a nascer e se desenvolver à medida que os episódios avançam, então assistam ao dorama.

- O poder feminino!

Além de homens que mostram sua força e coragem, Mr Sunshine é um dorama que usa e abusa de suas mulheres idealistas, mostrando estas não como sexo frágil mas sim como moças capazes de se defender e lutar pelo que acreditam. Ae Sin e Hina são a prova viva do poder que uma mulher possui em mãos e eu me senti completamente representada pela determinação e coragem delas. Havia momentos em que elas demonstravam fragilidade sim pois todo ser humano tem seu momento de fraqueza, porém estas duas do início ao fim buscaram alcançar seus objetivos e acompanhar esta jornada pessoal de forma tão destemida por parte delas se tornou um dos pontos mais significativos do enredo. Divas!

- Final ~Eu me desfiz em lágrimas no penúltimo episódio...

O mais difícil para mim é falar sobre este final, afinal ele representa um conjunto de sentimentos quase impossíveis de definir em palavras... A reta final da trama já indicava quão tenso e devastador poderia ser o desfecho destes personagens e a avalanche de emoções se firmou a partir daí, começando a abalar qualquer pessoa com um psicológico propenso a se desequilibrar. Foram muitas emoções, muitas ações arriscadas tomadas pelos personagens, escolhas feitas, buscas pelo que tanto ansiavam e no fim, pode-se dizer que cada um cumpriu seu destino. No final do episódio 22, eu já estava prestes a morrer de preocupação com os personagens que tanto amei durante esta longa jornada do drama, após conseguir segurar as lágrimas em tantos episódios anteriores, no penúltimo episódio, não consegui mais, desabei... Pessoal, eu chorei tanto que vocês não podem sequer imaginar. Para mim, foi triste e doloroso demais.
Em uma cena específica, tive que pausar o episódio para poder simplesmente chorar e aliviar o que estava sentindo, e olha, não sou desse tipo não, geralmente fico só emocionada, porém Mr Sunshine quebrou mesmo meu coração e as lágrimas saíram de controle... No último episódio, eu já estava abalada o suficiente e apenas segui em frente para enfim me despedir desta história. Apesar do final ser triste, doloroso e devastador ao ponto de eu quase soluçar na verdade solucei e me emocionar até hoje quando falo dele, para mim, isto não diminuiu a qualidade do dorama como um todo, pelo contrário, o desfecho é completamente condizente com a época retratada e o que esta história quis contar. Temos uma mensagem final sobre patriotismo e seu verdadeiro significado, uma amostra das histórias de ancestrais que lutaram para que hoje nós pudéssemos ter direito aos países nos quais vivemos e como a própria Ae Sin tanto citou, tudo começou com uma fagulha, uma chama que se espalhou e incendiou o mundo, a vontade e determinação  das pessoas para defender o lugar que amavam e ao qual pertenciam. Chorei? Sim, muito! Mas mesmo se soubesse tudo que sofreria e choraria ao ver esta história memorável, ainda assim escolheria ver tudinho de novo. Um HINO de dorama, lhes apresento Mr Sunshine.

- Participações Especiais

Logo nos primeiros episódios temos a participação mais do que especial do querido casal secundário de Descendants of the Sun, Kim Ji Won e Jin Goo. Eles interpretaram os pais da Ae Sin e mais uma vez nos emocionaram com suas atuações.

De certo modo, considero a presença do Jang Dong Yoon (A Poem a Day) uma "participação especial" pois o personagem dele, Joon Young, surge praticamente na reta final da trama. Entretanto, este moço soube assim como todos os demais personagens contar sua história e ser um apoio no movimento de defesa de Joseon, mesmo em poucos episódios acabei sendo cativada pelo rapaz e suas atitudes.

Fechando com chave de ouro temos Kim Min Jae (GoblinThe Best HitRomantic Doctor, Teacher Kim, The Great Seducer) dando o ar da graça no último episódio. E isto me deixou em um estado de pura alegria e entusiasmo após tanto choro eu merecia isso né? afinal a presença deste personagem  é de alegrar qualquer um que tenha assistido ao dorama e sofrido com ele, e o que essa aparição do moço representa tem um significado tão profundo que eu quase chorei de novo. Na verdade, chorei. Não posso comentar abertamente quem o moço interpreta porque a emoção de descobrir isto na cena se perderia, só posso afirmar que a mesma fechou o enredo da forma mais significativa possível, afinal este personagem representa a continuação da determinação dos personagens em conseguir defender seu lar, o patriotismo presente nos corações daqueles que herdaram o país.

- OST: Mais hinos!

Como eu já falei mais do que deveria e esta resenha se tornou quase um TCC, irei encerrar aqui. Me contem o que sentiram com esta produção e seus personagens, os ships e o que acharam do final, poderia ser diferente? Choraram tanto quanto eu? Aguardo seus comentários e abaixo deixarei minhas faixas favoritas da trilha sonora, a qual é tão maravilhosa quanto todo o resto. Deixo aqui também o link da playlist do dorama no spotify, a qual foi feita pela minha amiga Julyana (@infinitekimchi) e fará vocês se emocionarem. Se ainda não cansaram de ler essa dissertação sobre o dorama, deem um pulinho no twitter do MDUGS porque lá temos a thread incrível também feita pela Juu e que merece ser enaltecida. E é isso, agora vou pegar um lenço porque escrever este post me fez chorar de novo...

Becoming the Wind - HyunSang Ha
Choro horrores com esta canção...



Sori - Lee Suhyun (AKMU)
Não esqueçam de conferir a playlist completa no spotify!



2 comentários:

  1. Amei seu TCC, digo, sua resenha...rsrs Estou no 12o episódio e a minha sensação já é de saudade... série primorosa e que tem me surpreendido a cada dia mais.

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  2. Suas resenhas são sempre boas! É sem dúvidas uma série inesquecível, mas sinceramente os dois últimos eps foram devastadores para mim, assim como você também chorei de soluçar, tive uma crise de choro - especialmente por saber que o contexto histórico é real e realmente muitas vidas inocentes foram dizimadas... a cena do trem acabou comigo, não esperava aquilo! Foi golpe atrás de golpe esses dois últimos capítulos, não foi uma experiência legal, não...foi triste demais, doeu fundo, mas minha dor não chega nem perto da dor que o povo da Coreia sentiu sob o domínio dos cruéis soldados japoneses...

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