Dicas: Mini Dramas #1


Iniciando uma nova categoria no blog, hoje trago três indicações de mini drama para conferirem quando estiverem precisando de algo curtinho para assistir. Como eu queria comentar mais sobre mini dramas e de forma mais compacta optei por fazer este tipo de post. Hoje irei comentar Wind Bell, Persona e a primeira temporada de Kingdom, espero que leiam até o fim e curtam os indicados.

WIND BELL 


Nº de Episódios: 10 (aproximadamente 11 minutos cada episódio)
Gênero: Romance, Drama, Família
Emissora: Naver TV Cast
Ano: 2019
Onde Encontrar: Viki (online), Céu Asiático (online e download)

Wind Bell conta a história de um jovem escritor chamado Daniel (Jung Ji Young) que retorna à Coreia do Sul após anos vivendo nos EUA. Ao retornar, Daniel recebe ajuda de uma moça que trabalha na Editora com quem assinou um novo contrato, a enérgica Yeo Jin (Mina - AOA). Como Yeo Jin não está muito satisfeita com as oportunidades que está perdendo devido a esse emprego monótono, ela não se empolga ao receber o escritor e à primeira vista, os dois logo se desentendem. Daniel não está de volta à Coreia apenas para trabalhar, ele também veio acertar contas com o passado e alguns reencontros se tornam inevitáveis.
De maneira simples, mas sensível o mini drama discute temas como abandono, adoção e perdão, mostrando que perdoar é um ato mais corajoso do que se pode imaginar sendo que mágoas e ressentimentos são sentimentos duradouros que podem perdurar por décadas. Ainda há espaço para um romance meigo que engloba nossos protagonistas e os faz agir com uma maturidade pouca vista em tramas tão curtas. Gostei principalmente da forma como a Yeo Jin se relacionou com o Daniel, ajudando-o quando necessário, mas sendo realista o suficiente para saber que o romance que surgiu entre eles era apenas uma parte de sua vida, pois ela ainda precisava lidar com sua vida profissional. O romance é realista e natural. Wind Bell é perfeito para quem procura uma boa dose de romance sem esquecer daquele drama familiar que à sua maneira consegue emocionar. E o melhor é que dá para assistir super rápido, pois os episódios não ultrapassam mais de quinze minutos.

PERSONA


Nº de Episódios: 4 (aproximadamente 25 minutos cada episódio)
Gênero: Romance, Drama
Emissora: Netflix 
Ano: 2019
Onde Encontrar: Netflix (online), Kingdom Fansubs (online e download)

Persona é uma coletânea com quatro curta-metragens dirigidos por diretores diferentes, mas com uma única atriz interpretando cada protagonista, a cantora e atriz IU. A coletânea é composta por Love Set dirigida por Lee Kyung Mi, Collector por Pil Sung Yim, Kiss Burn por Jeon Go Woon e Walking at the Night por Kim Jong Kwan. Cada episódio é um curta e cada um aborda um determinado tema de forma literal, fantasiosa e simbólica. Irei comentar um pouco sobre cada um abaixo.
Love Set traz uma disputa literal de uma filha com sua possível madrasta. Disputa esta encenada em um campo de tênis que leva as duas à exaustão e inesperadamente, ao entendimento ao final da partida. O episódio tem a participação especial da maravilhosa Bae Doo Na (Stranger), além do veterano ator Kim Tae Hoon (Lookout e Fantastic).

Collector explora o relacionamento humano de forma simbolista ou literal, depende mais do entendimento do telespectador sobre o significado por trás do fim do episódio. Na história, IU interpreta uma mulher sensual e conquistadora de homens que aproveita ao máximo os desejos que o corpo pode proporcionar, sem apegar-se a alguém emocionalmente. O episódio mescla cenas da protagonista e seu parceiro completamente apaixonado por ela enquanto podemos conferir os conflitos internos deste homem. Ele reflete sobre suas escolhas, o que sente e o que mais deseja, que é ser correspondido. Seu amor é tão forte e tão visceral que ele se entrega completamente dando a quem ama seu coração por completo. Literalmente. Atenção: este episódio contem cenas fortes! Não fica muito claro para o telespectador se o que ocorre é fantasioso ou não, mas o simbolismo em si já é suficiente para tornar memorável a reflexão sobre como alguns se doam por completo em um amor unilateral.

Kiss Burn apresenta a IU como uma estudante em busca de sua amiga de classe, a qual faltou recentemente a aula. Ao chegar na casa de sua amiga, ela encontra o pai da garota e de imediato, o acha hostil. Após encontrar e conversar com sua amiga Hye Bok (Shim Dal Gi), elas decidem vingar-se do pai dela. Em meio à essa "busca por vingança" conversam sobre garotos, sendo o sexo um tema discutido também. Achei interessante uma produção coreana discutir de forma mais aberta o tema, pois todos sabemos como a censura no país é maior considerando o público alvo. No fim, o episódio satiriza a profissão do pai da Hye Bok em função das consequências das ações das garotas e traz um reflexão ambiental interessante.

Por fim, o último episódio e mais memorável de todos: Walking at the Night. Aviso que este episódio em específico pode despertar gatilhos emocionais que podem deixar desconfortável quem estiver assistindo. Então se você não está bem emocionalmente, melhor não assistir este episódio em específico. Como o nome diz, a história apresenta a protagonista em uma caminhada noturna acompanhada de seu namorado. Nesta caminhada, eles conversam sobre seus sentimentos, solidão e morte. É um episódio melancólico, triste e delicado que se torna memorável pela mensagem que transmite.

A coletânea é excelente por apresentar diferentes histórias bem trabalhadas individualmente e principalmente pela fotografia que se destaca e nos enche os olhos. Destaco Walking at the Night que é sem dúvidas o episódio com melhor fotografia e enquadramento. Além disso, Persona ainda proporciona uma experiência diferente do comum, pois além da fotografia e enquadramento há enfase em sons, gestos e comportamentos humanos que muitas vezes nos passariam despercebidos, mas a ideia é fazer o telespectador sentir uma ligação maior com o que está acontecendo a partir do que está vendo, ouvindo e sentindo em sincronia com todos os elementos apresentados. Menciono também que a IU foi perfeita em cada curta-metragem. Quer fosse como jovem mimada em Love Set, uma sexy mulher que rouba os corações dos homens em Collector, uma garota inconsequente em Kiss Burn ou uma alma solitária em Walking at the Night, ela soube representar com maestria todas as emoções das protagonistas. Confiram também a IU atuando em Dream High e Hotel del Luna. E se você está atrás de algo curto, mas que proporcione uma experiência diferente através de histórias únicas capazes de te deixar confuso, mas reflexivo recomendo Persona.


KINGDOM (1º TEMPORADA)


Nº de Episódios: 6
Gênero: Ação, Suspense, Thriller, Histórico, Horror, Zumbis, Política
Emissora: Netflix 
Ano: 2019
Onde Encontrar: Netflix (online), Kingdom Fansubs (online e download)

Kingdom não é exatamente um mini drama, pois a segunda temporada totalizará um total de doze episódios. Entretanto, como o formato do dorama é mais curto resolvi considerá-lo um mini drama e comentá-lo nesta categoria especial. Para quem nunca ouviu falar sobre, antes de tudo preciso mencionar que este dorama é um pouco mais violento do que estão acostumados a ver. Então quem não curte gêneros como suspense e horror, provavelmente não irá curtir o título. Para quem ama os gêneros, pode imediatamente adicioná-lo na lista, pois este é um dos melhores já produzidos.
Na história, que se passa em uma antiga dinastia da Coreia, acompanhamos o Príncipe Herdeiro de Hanyang (forma como chamavam a antiga capital da Coreia do Sul, Seoul), Lee Chang (Joo Ji Hoon - Item e Mask), que está decidido a assumir sua posição mesmo que isto seja considerado traição. Enquanto Lee Chang busca uma alternativa para assumir o controle do país por desconfiar da situação de seu pai e Rei que está confinado no palácio sem poder receber visitas por ordem da Rainha (Kim Hye Joon), uma doença misteriosa está se espalhando rapidamente pelas regiões próximas à Hanyang.
Esta doença de origem desconhecida faz as pessoas se comportarem como canibais alimentando-se de carne humana, e inesperadamente morrerem durante o dia, estando ativas somente à noite. Ao ir resolver assuntos pessoais, o príncipe Lee Chang e seu fiel parceiro Moo Young (Kim Sang Ho) se deparam com pessoas contaminadas com esta doença e precisam fugir, além de lidarem com o caos que está surgindo. Lee Chang encontra uma médica chamada Seo Bi (Bae Doo Na - Stranger ~ preciso tomar vergonha na cara e liberar este post, em breve ok?!) que se alia à ele e conhece o primeiro médico que estudou e lidou com a doença. Juntos, estes três personagens em associação ao misterioso Young Shin (Kim Sung Gyu) e o Milorde Jo Bum Pal (Jun Suk Ho) irão lutar para encontrar uma forma de curar a doença e restaurar a ordem do país sob as ordens do Príncipe Herdeiro.

Kingdom é um dos enredos mais originais que já tive a oportunidade de conferir, pois nunca havia visto zumbis em um sageuk. E além de ser uma história de um gênero tão comum, mas em uma época tão inusitada, a trama por si só consegue apontar outras questões muito interessantes. Tais como, as divisões hierárquicas da época, tanto na política quanto na questão nobres e burgueses, e as questões humanas básicas como sobrevivência e senso comum. Outro ponto extremamente positivo é a cenografia, fotografia e efeitos visuais e especiais como maquiagem e coreografias associadas aos movimentos dos zumbis. É tudo tão bem trabalhado que não deixa a desejar em nada se comparado à um enredo de Hollywood. A Coreia do Sul vem provando cada vez mais que sabe fazer uma produção memorável a partir do momento que deseja fazer isto. E além de tudo isso, temos um enredo muito bem trabalhado com um ritmo instigante repleto de revelações bombásticas e atuações impecáveis. Sinceramente, não há um defeito nesta obra. E quem ama histórias de zumbis precisa conferir urgentemente! Aproveita que a segunda temporada estreará em breve e já maratona tudo! E se quer outra dica, recomendo também o filme coreano Train to Busan, o qual não é sageuk, mas é sobre zumbis e vale muito a pena.


Este foi o primeiro post com dicas de mini dramas e espero que tenham curtido as recomendações, pois a ideia é recomendar tramas curtas em uma resenha mais compacta. Se já assistiu algum desses títulos, me contem o que acharam. E podem aguardar porque logo, logo lançarei comentários sobre Kingdom 2.

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